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Vacina Catapora - Varicela

Prevenção:

Previne a Varicela, também conhecido por Catapora.

É uma vacina atenuada, que contém vírus vivos “enfraquecidos” da Varicela, gelatina, traços de Neomicina e água para injeção.

Indicações:

A vacina é indicada a partir de 12 meses de idade.

A SBIm e a SBP indicam um reforço entre 2 e 4 anos de idade.

Doses:

- A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a seguinte entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina Tríplice viral e, portanto, o uso da Tetraviral pode ser adotado.

- Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.

- O sistema público disponibiliza na rotina duas dose de varicela: na apresentação tetraviral — aplicada aos 15 meses nas crianças que já receberam a primeira dose de tríplice viral — e isolada, aos 4 anos

- Em situação de surto na região de moradia ou na creche/escola, ou ainda quando há um caso de varicela dentro de casa, a vacina pode ser aplicada em bebês a partir dos 9 meses – essa dose aplicada antes de 12 meses será desconsiderada no futuro e a criança deverá tomar as duas doses de rotina, conforme já descrito aqui. Até 72 horas após contato com portador do vírus (para alguns até cinco dias), a vacina pode evitar a doença.
 

Contra indicações:
- Anafilaxia aos componentes

- Gestação

- Imunodeprimidos, em uso de corticoide por mais de 15 dias (>2mg/kg/dia ou 20mg/dia de prednisona)

- Doenças febris agudas

- Tratamento com derivados do sangue (consultar equipe técnica), quimioterapia e radioterapia nos últimos 3 meses.

- Deve-se evitar gestação por 30 dias e uso de ácido acetilsalicílico (AAS) por 6 semanas após a vacinação. Pode ser aplicada simultaneamente a qualquer vacina. Caso não sejam aplicadas no mesmo dia, intervalar 30 dias da vacina contra febre amarela e tríplice viral.
 

Eventos adversos:
- Dor, vermelhidão e inchaço no local. Ocasionalmente, forma-se nódulo subcutâneo.

- Após 5 a 7 dias, podem ocorrer: febre baixa, por 2 a 3 dias, e manchas vermelhas (2% dos casos).

- Cerca de 3% dos vacinados podem apresentar algumas vesículas, principalmente próximas ao local de aplicação.

Vacina Febre Amarela

No Brasil estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pela rede privada. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. A da Sanofi Pasteur contém também: lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L-alanina e solução salina.

Ambas têm perfil de segurança e eficácia semelhantes (estimada em mais de 95% para maiores de 2 anos).

Indicações:

A vacina é indicada para crianças a partir de 9 meses de idade, adolescentes e adultos, que vivem em regiões brasileiras com recomendação de vacinação, e, para quem sairá em viagem nacional/internacional para regiões de risco para a doença, ou, com obrigatoriedade de comprovação da vacinação.

Doses:

Rotina: dose única a partir dos 9 meses e até os 59 anos.

Uma segunda dose pode ser considerada, para as pessoas vacinadas antes dos 2 anos de vida pela maior possibilidade de falha vacinal primária, ou de acordo com o risco epidemiológico.

Dose fracionada é considerada eficaz e segura, sendo utilizada como estratégia de saúde pública importante na contenção de surtos.

Para viajantes com exigência da vacinação e apresentação  do CIVP, é necessária a comprovação de uma dose, obrigatoriamente a dose plena, aplicada no mínimo dez dias antes da viagem.

Em situações de risco (municípios onde haja circulação do vírus da febre amarela com registro de casos em humanos), idosos, gestantes e outros grupos de precaução devem ser vacinados, desde que não haja contraindicação.

Contraindicações:

- Crianças abaixo de 6 meses de idade

- Indivíduos infectados pelo HIV, sintomáticos e com imunossupressão grave comprovada por exames laboratoriais.

- Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação, pacientes pós-transplante de órgãos, pacientes com câncer, e pacientes com doenças do timo ou ausência deste.

- Pacientes que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina

- Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras)

- Gestantes. Mas, na vigência de surtos, a administração deve ser analisada de acordo com o grau de risco.

- Mulheres amamentando bebês com menos de 6 meses. Se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por 10 dias. Procure o pediatra para mais orientações

- A vacinação de indivíduos a partir de 60 anos deve ser evitada, a menos que haja risco de infecção.

Eventos adversos:

- Muito raros: reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença).

- Eventos locais: a dor no local de aplicação ocorre em 4% dos adultos vacinados e um pouco menos em crianças pequenas, e essa dor dura um ou dois dias, na forma leve ou moderada.

- Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e muscular são os eventos mais frequentes e acontecem em cerca de 4% dos que são vacinados na primeira vez e menos de 2% nas segundas doses, e, podem ocorrer de 3-10 dias após aplicação da vacina.

Vacina Febre Tifoide

Proteção:

Protege contra a bactéria Salmonella entérica sorotipo Typhi.

É uma vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Composta por polissacarídeos da cápsula da bactéria (Salmonella typhi), fenol, cloreto de sódio, fosfato dissódico diidratado, fosfato monossódico diidratado e água para injeção.

Indicações:

- Crianças a partir de 2 anos de idade, adolescentes e adultos que viajam para áreas de alta incidência da doença, em situações específicas de longa permanência e após análise médica criteriosa

- Profissionais que lidam com águas contaminadas e dejetos.

Doses:

Uma dose. A vacina confere proteção por três anos, de modo que a revacinação pode ser recomendada após este período, se o risco de adoecimento persistir ou retornar.

Contraindicação:

Hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes da vacina.

Eventos adversos:

A vacina febre tifoide causa poucas reações, sendo as mais frequentes relacionadas com o local da aplicação:

- dor, em 3,6% a 9,4% dos vacinados

- vermelhidão, em 2,4% a 5,4%

- inchaço, em 1,7% a 1,8%.

Outras possíveis reações:

febre, em 1,5% a 16,2%

dor de cabeça, em 10% a 7,8%

mal-estar, em 0,9% a 4%

náuseas, em 2,1% a 5% e

coceira, em 1,7% a 1,8%.

 

Vacina Hepatite A e B

Prevenção:

Previne as infecções do fígado (hepatites) causadas pelos vírus da hepatite A e hepatite B.

É uma vacina inativada, composta do vírus inativado (morto) da hepatite A e da proteína de superfície do vírus da hepatite B. Também possui em sua composição: sais de alumínio, formaldeído, sulfato de neomicina, fenoxietanol, polissorbato 20, cloreto de sódio e água para injeção.

Indicações:

A vacina é indicada para crianças a partir dos 12 meses, adolescentes e adultos.

É uma boa opção para pessoas que não foram vacinadas contra as duas hepatites.

Doses:

Três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses.

Contraindicações:

Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.

Pessoas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com antígenos do vírus da hepatite B.

Eventos adversos:

- Locais: vermelhidão, inchaço por mais de 24 horas e dor intensa (muito raros)

- Sistêmicos: febre, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, náusea e vômito (raros)

- Não há relato de eventos adversos graves, mas podemos esperar o mesmo risco que existe para as vacinas isoladas hepatite A e hepatite B.

Hepatite A

Prevenção:

Previne infecções do fígado (hepatites) causadas pelos vírus da Hepatite A.

É uma vacina inativada, composta por antígeno do vírus da hepatite A, sal de alumínio amorfo, estabilizante (varia conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9%. Pode conter traços de antibiótico (neomicina), fenoxietanol e formaldeído.

Indicações:

A vacina é indicada para todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.

Doses:

A vacina deve ser realizada em duas doses com intervalo de seis meses.

A SBP e a SBIm recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades recomendadas.

Contraindicação:

- Pessoas que tiveram reação anafilática a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Eventos adversos:

- Mais comuns: Irritabilidade, dor de cabeça, cansaço, dor e vermelhidão no local da aplicação (10%)

- Raros: Perda de apetite, sonolência, diarreia, náusea, vômito, inchaço, mal-estar, febre baixa, endurecimento no local da aplicação (1-10%)

- Muito raros: sintomas respiratórios, rinite, vertigem, erupções na pele, dor muscular, rigidez muscular, diminuição da sensibilidade, dormências, coceira, calafrios (< 0,1%).

Hepatite B

Prevenção:

Previne a infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da Hepatite B.

É uma vacina inativada, composta por proteína de superfície do vírus da hepatite B purificado, hidróxido de alumínio, fosfato de sódio, fosfato de potássio e borato de sódio, cloreto de sódio e água para injeção.

Indicações:

Para pessoas de todas as faixas etárias.

- Rotina: nas crianças, ao nascimento e aos 2, 4 e 6 meses de vida, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer.

- Especialmente indicada para gestantes não vacinadas

- Crianças mais velhas, adolescentes e adultos, não vacinados anteriormente: três doses com intervalo de um mês entre primeira e a segunda e de cinco meses da segunda para a terceira dose.

- Prematuros: vacinados ao nascer necessitam, obrigatoriamente, receber quatro doses.

- Pessoas com comprometimento do sistema imunológico necessitam de dose dobrada em quatro aplicações (esquema 0-1-2-6 meses), para melhorar a resposta ao estímulo produzido pela vacina.

Doses:

Três doses, no esquema: 0 - 1 - 6 meses.                         

Contraindicações:

Pessoas que apresentaram anafilaxia com qualquer componente da vacina ou com dose anterior.

Pessoas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com componente hepatite B.

Eventos adversos:

- Locais: dor no local da aplicação (até 29%), endurecimento, inchaço e vermelhidão.

- Sistêmicas: febre bem tolerada e autolimitada nas primeiras 24 horas após a aplicação, cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal (raras)

- Púrpura trombocitopênica idiopática após administração da vacina hepatite B é um evento raro (< 0,01%)

- Anafilaxia também é muito rara: um caso em 600 mil adolescentes e adultos vacinados, sendo mais rara ainda em crianças.

Vacina Herpes Zoster

Prevenção:

Previne o Herpes Zoster, que é uma infecção resultante da reativação do vírus da Varicela (Catapora), de seu estado latente.  Doença popularmente conhecida como Cobreiro.

A vacina é feita a partir de vírus vivo atenuado da Varicela Zoster, sacarose, gelatina, uréia, cloreto de sódio, levoglutamato de sódio monoidratado, fosfato de sódio dibásico, fosfato de potássio monobásico, cloreto de potássio, traços de neomicina, soro de bezerro e água para injeção.

Indicações:

A vacina está licenciada para pessoas com 50 anos, e é recomendada como rotina para maiores 60 anos de idade, independente do histórico de terem tido ou não episódios anteriores de Herpes zoster, ou terem tomado ou não vacina contra Varicela.

Os pacientes que tiveram episódio de Herpes zoster devem tomar a vacina somente 6 a 12 meses após a doença. 

Doses:

Feita em dose única, em indivíduos a partir de 50 anos de idade.

Contraindicações:

- Gravidez

- Pesssoas com imunodeficiência Primária e adquirida

- Pessoas em tratamentos imunossupressores

- Tuberculose ativa

- Hipersensibilidade a produtos contidos na vacina.

Eventos adversos:

A vacina é bem tolerada. Os eventos adversos são incomuns e, a maioria, limitados a reações no local da injeção (dor, vermelhidão, coceira e inchaço) ou dores de cabeça.

Vacina Hexavalente

Prevenção:

Previne as doenças: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus tipo b,  poliomielite (paralisia infantil) e hepatite B. É uma vacina inativada. A vacina sêxtupla acelular (também chamada “hexa”) — inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP), a hepatite B (HB) e a Haemophilus tipo b (HIb):  DTPa-VIP-HB/HIb, lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção.

Indicações:

É recomendada para crianças a partir de 2 meses de idade e podem ser aplicadas até os 7 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessa combinação.

Doses:

Aplicar 3 doses aos 2, 4, 6 meses e 1° reforço entre 12-18 meses e 2° reforço entre 4-6 anos de idade.

Contraindicações:

- Maiores de 7 anos.

- Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias após a aplicação anterior de vacina contendo componente pertussis

- Anafilaxia a qualquer componente da vacina.

Eventos adversos:

Os eventos adversos, em geral, se devem ao componente pertussis. Estudos mostram que as reações a esta vacina foram menores quando comparadas com a vacina de células inteiras (DTPw).

- Reações no local da aplicação (vermelhidão, dor, inchaço)

- Febre

- Perda de apetite, vômito, irritabilidade, choro persistente e sonolência (raros)

- De 0,01% a 1% pode apresentar convulsão febril e episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH)

- Menos de 0,01%, problemas neurológicos (inflamação no cérebro, alterações de movimento), inchaço transitório nas pernas com manchas roxas ou pequenos sangramentos transitórios, e anafilaxia

Os eventos adversos são um pouco mais frequentes nas doses de reforço.

Vacina Hib - Haemophilus influenzae tipo B

Prevenção:

Previne as doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, principalmente a meningite.

É uma vacina inativada, composta de pó liofilizado com polissacarídeo da cápsula da bactéria Haemophilus influenzae tipo b (Hib) conjugado com toxoide tetânico, lactose, cloreto de sódio, água para injeção.

Indicações:

- Crianças a partir de 2 meses, até 5 anos de idade.

- Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos com condições médicas que aumentam o risco para doenças por Hib: ausência de baço ou disfunção nesse órgão; antes e/ou após transplante de órgão ou medula óssea; após quimioterapia; entre outras.

Doses:

Aos 2,4 e 6 meses de idade. As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam uma quarta dose entre 12 e 18 meses. 

Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.

Eventos adversos:

- Frequentes: Dor no local da aplicação (até 29%)

- Comuns: Inchaço, endurecimento e vermelhidão (0,2-17%)

- Manifestações gerais (raras): febre nas primeiras 24 horas, cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal leve.

Vacina HPV Quadrivalente

Prevenção:

A vacina de HPV Quadrivalente previne as infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18. O HPV pode causar: câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus, pênis, orofaringe e as verrugas genitais (condilomas). As verrugas, ou condilomas, podem surgir em diversas partes do corpo, desde os órgãos genitais até lábios e cordas vocais.

É uma vacina inativada, composta pelas proteínas L1 dos papilomavírus humano (HPV) tipos 6,11,16,18, sulfato de hidroxifosfato de alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injeção.

Indicações:

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade, e, meninos e jovens de 9 a 26 anos. Homens e mulheres em idades fora da faixa de licenciamento também podem se vacinar, com prescrição médica.

Doses:

São recomendadas duas ou três doses, dependendo da idade de início da vacinação.

- Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são indicadas duas doses, com intervalo de seis meses entre elas (0 - 6 meses)

- A partir dos 15 anos e, independente de faixa etária nas pessoas com imunossupressão, são indicadas três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 - 1 a 2 - 6 meses)

Contraindicações:

- Gestantes

- Pessoas com histórico de anafilaxia a vacina ou a algum de seus componentes.

Eventos adversos:

- Sistêmicas: (até 37%) náuseas, vômitos e dor de cabeça.

- Locais: (até 17%) dor, vermelhidão e inchaço

- Manifestações alérgicas (até 11%): urticária e prurido