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Diabetes Mellitus

O diabetes mellitus é uma doença decorrente da falta de produção ou déficit da ação da insulina, com consequente elevação de glicose no plasma. Essa doença pode ser diagnosticada através de dosagens de glicose em jejum ou da realização de teste oral de tolerância à glicose, conforme indicação do médico assistente. Existem dois tipos de diabetes mellitus: o tipo 1, que é mais freqüente em jovens e ocorre devido à produção insuficiente de insulina; o tipo 2, que ocorre predominantemente em adultos, nos quais a insulina é produzida, mas não age adequadamente nas células, para metabolizar a glicose. O diabetes mellitus tem tratamento e pacientes com essa patologia devem ser acompanhados por médicos endocrinologistas, para orientação quanto aos hábitos alimentares e avaliação da necessidade do uso de medicamentos.

 

O que é diabetes mellitus?

É uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente o seu efeito.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, fundamental da metabolização (utilização) da glicose, principal fonte de energia do organismo. Conseqüente à falta da ação da insulina, ocorre a elevação da glicose no sangue (hiperglicemia), que caracteriza o diabetes.

 

O que significam os termos diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2?

O diabetes tipo 1 é mais freqüente em jovens e se caracteriza, principalmente, pela produção insuficiente de insulina pelo organismo.
O diabetes tipo 2 é mais freqüente em adultos, muitos deles obesos. Neste caso, o organismo pode produzir alguma quantidade de insulina, mas esta não consegue agir adequadamente nas células do corpo para exercer a transformação da glicose em energia.

 

Quais as causas do diabetes mellitus?

Essa é uma doença causada por fatores genéticos e ambientais, ou seja, o indivíduo nasce com a predisposição para desenvolver o diabetes, sendo que fatores ambientais como a obesidade, quadros infecciosos, traumas emocionais e gravidez, entre outros, podem favorecer o seu aparecimento.

 

Quando suspeitar se um indivíduo tem diabetes mellitus?

Os sintomas clássicos do diabetes são muita sede, vontade de urinar e fome, cansaço, turvação da visão e emagrecimento. Tais sintomas, entretanto, podem estar ausentes. Assim, algumas pessoas poderão já estar diabéticas por um longo período antes que se estabeleça o diagnóstico. Por esse motivo existem os programas de rastreamento do diabetes que visam diagnosticar, precocemente, a doença.

 

Como é feito esse rastreamento e em quem deve ser realizado?

O rastreamento do diabetes mellitus é realizado através da dosagem da glicose no sangue. Existem fatores de risco que predispõem ao diabetes.
Dois ou mais desses fatores presentes num inpíduo aumentam o risco para o desenvolvimento da doença. A lista abaixo cita alguns desses fatores. O médico assistente, baseado na história e no exame físico de cada paciente, é quem definirá se este possui os fatores de risco, e quando a dosagem da glicose no seu sangue estará indicada.
• Inpíduos com mais de 45 anos
• Pais, filhos ou irmãos com diabetes mellitus
• Obesidade
• Vida sedentária
• Algumas alterações de gorduras no sangue
• Pressão alta
• Problemas nas coronárias (que predispõem ao infarto)
• Nas mulheres, histórico de diabetes mellitus em gestações anteriores

 

Como é feito o diagnóstico de diabetes mellitus?

A maneira mais prática de se fazer o diagnóstico é através da dosagem da glicose em jejum, podendo ser necessária uma segunda dosagem para a confirmação, a critério do médico assistente. Quando, mesmo com duas dosagens, os níveis obtidos na dosagem da glicose em jejum não esclarecerem o diagnóstico, o médico poderá solicitar o Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), que consiste em se fazer uma sobrecarga de glicose, através da ingestão de um líquido bastante açucarado, para se avaliar o quanto a glicose sanguínea se elevará. Nesse caso, além de uma primeira coleta em jejum, haverá uma outra duas horas após, ou conforme determinar o médico assistente.
OBS.: Em grávidas, esse teste pode ser realizado de formas alternativas, com quantidades diferentes de açúcar na solução e com tempos diferentes de coleta após a ingestão de solução.

 

Como prevenir o diabetes mellitus?

Indivíduos predispostos a apresentar diabete poderão evitar ou, pelo menos, retardar o aparecimento da doença através de hábitos alimentares saudáveis, com a manutenção do peso adequado, e evitando o sedentarismo.

 

O diabetes mellitus tem cura?

O diabetes não tem cura, mas pode ser controlado seguindo-se as recomendações médicas. Resumidamente, estas seriam:
• Reeducação dos hábitos alimentares, através de uma alimentação equilibrada, tanto em qualidade como em quantidade.
O seguimento de orientação alimentar prescrita pelo médico é um dos principais determinantes do sucesso do tratamento.
• Aumento da atividade física, através de exercícios físicos regulares, após avaliação e conforme prescrição médica.
• O tratamento com medicamentos orais pode ser necessário no diabético tipo 2. Os principais grupos de medicamentos são os que aumentam a secreção da insulina e os que aumentam a sua ação no organismo.
• O tratamento com insulina geralmente é indicado para o paciente com diabetes tipo 1. Em determinados casos, a insulina também pode ser necessária para o paciente com diabetes tipo 2, associada ou não a medicamentos orais.
Quais as conseqüências do diabetes mal controlado?
As complicações do diabetes geralmente ocorrem a longo prazo e incluem danos, disfução e até falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, vasos sanguíneos. Como geralmente evoluem silenciosamente, os sintomas podem demorar a ser percebidos e, por isso, a avaliação médica periódica é muito importante.

 

 

Doenças Sexualmente Transmissíveis

DSTs são doenças infecciosas transmitidas pelo contato sexual. Os agentes causais são fungos, bactérias, parasitas ou vírus. Os principais sintomas são corrimento vaginal ou uretral, úlceras genitais, vesículas ou verrugas na região genital. A presença dessas lesões é um sinal de alarme e o paciente deve procurar orientação médica. Nas hepatites e na AIDS, o contato sexual serve como porta de entrada do vírus, não tendo sinais locais específicos. O diagnóstico laboratorial deve ser indicado pelo médico assistente, pois varia de acordo com a suspeita clínica. A prevenção das DSTs consiste principalmente no uso de camisinhas e limitação do número de parceiros. Essas doenças são tratáveis ou, no caso de doença por vírus, podem ser controladas pelo uso de medicamentos.

 

O que são Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)?

São doenças infecciosas transmitidas pelo contato sexual. Vários são os agentes que podem causar essas doenças: bactérias, fungos ou vírus, o que determina uma apresentação diferente para cada uma delas.

 

Quais são as DSTs?

Entre as DSTs temos a sífilis, a gonorreia, o cancro mole, a candidíase, o condiloma, o granuloma inguinal, algumas hepatites virais, o herpes simples genital, a infecção por clamídia, a infecção por ureaplasma, olinfogranuloma, a pediculose do púbis e a AIDS. A sífilis e a gonorreia são as duas doenças mais comuns.

 

Quais são os principais sintomas dessas doenças?

De maneira geral as DSTs aparecem como corrimentos vaginais ou uretrais, úlceras genitais, tumorações na virilha, pequenas vesículas (bolhas de conteúdo líquido) ou verrugas em região genital. Muitas vezes os principais sintomas são a coceira e a dor no local da lesão. Em alguns casos, como nas hepatites e AIDS, a parte genital serve apenas como porta de entrada, não tendo sinais especiais nesses locais. O surgimento de qualquer um desses sinais ou sintomas indica a necessidade de procurar um médico. Não procure resolver a situação apenas com amigos ou profissionais de áreas paramédicas. Essas doenças podem ter conseqüências quando não diagnosticadas e tratadas corretamente.

 

Como diagnosticar essas doenças?

A consulta ao médico é indispensável para diagnosticar uma doença sexualmente transmissível. Esse profissional tem o conhecimento para diferenciar as persas formas de apresentação das doenças e indicar qual o exame laboratorial mais adequado para comprovar, definitivamente, a presença da DST. Os testes podem ser realizados com material da lesão genital ou pela pesquisa de marcadores da doença no sangue (sorologias). Como algumas lesões podem ser semelhantes, mesmo em doenças diferentes, o médico pode solicitar mais de um teste laboratorial para ter certeza do tipo de DST.

 

Existe tratamento para as DSTs?

Existe tratamento para todas as doenças sexualmente transmissíveis, e para aquelas ocasionadas por bactérias ou fungos, existe cura após o tratamento. Para aquelas cujo agente causal é um vírus, existe controle medicamentoso.

 

Existe alguma forma de prevenir essas doenças?

A prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis baseia-se no uso de camisinhas durante toda a relação sexual. A limitação da quantidade de parceiros sexuais diminui a chance de contato com os agentes dessas doenças. A presença de qualquer lesão em genitália ou secreção vaginal/uretral deve servir como sinal de alarme. Nesses casos, até que se consulte um médico, o contato sexual deverá ser evitado.

 

As DSTs podem ocasionar complicações?

Sim. As pessoas com DSTs, por apresentarem lesões em genitália, têm até 18 vezes mais chances de contaminação pelo vírus do HIV. As infecções pelo papilomavírus ou pelo vírus da hepatite B estão relacionadas com o aparecimento de câncer. Os fetos de pacientes infectadas por sífilis podem nascer com malformações. A infertilidade é uma das complicações das pessoas infectadas pela gonorreia.

Espermograma

Inovações e Mudanças

A infertilidade afeta aproximadamente 1 em cada 5 casais. O fator masculino, isoladamente, é responsável por cerca de 35% dos casos de infertilidade conjugal, e está associado a fatores femininos em 20% das uniões inférteis. Nos últimos anos tem havido um avanço notável no conhecimento da reprodução humana, bem como os métodos de investigação e os transtornos da fertilidade. Apesar destes avanços, continua sendo imprescindível a análise seminal (ESPERMOGRAMA), solicitada no início da investigação do casal.

 

Critérios de Normalidade

A qualidade do espermograma realizado em Laboratórios de Análises Clínicas, em geral, tem sofrido críticas quanto a sua qualidade há muitos anos (principalmente pelos serviços de reprodução humana), apesar de esforços de profissionais brasileiros, como Sérgio Piva, Galba E.S. Moraes, Orildo dos Santos e outros que publicaram excelentes livros e difundiram através de cursos todas as metodologias e testes. Estas distorções e opiniões estão relacionadas diretamente aos diferentes valores de normalidade e técnicas usadas.

Atualmente, após a padronização da OMS e o critério estrito de Kruger, a maioria dos serviços de Andrologia e Análises Clínicas, usam estas referências como guia.

 

Inovações e Mudanças Automação

O Laboratório Alvaro, acompanhando as mudanças e tendências do setor, recentemente adquiriu um equipamento específico para avaliação de sêmem, denominado SPERMALITE TM SQA-V, que faz automaticamente uma série de testes, antes realizados através de microscopia e dependentes de diversas variáveis, todas elas sujeitas a desvios, às vezes significativos.

Esta novidade que agora se incorpora à rotina propiciou uma revisão e atualização das metodologias do Espermograma até então realizado.

 

Concentração do Espermatozóides

Para validar a metodologia, o Laboratório Alvaro através do departamento técnico de análise, inspeção e validação de exames, fez testes comparativos, quanto a motilidade, morfologia e concentração de espermatozóides, parâmetros estes passíveis de comparação(veja gráfico). Os demais testes oferecidos pela máquina são controlados através de sistemas eletrônicos, com controles periódicos oferecidos pelo fabricante. Os resultados estatísticos apresentaram uma excelente correlação, autorizando o uso do método automatizado. Outros trabalhos semelhantes foram realizados por diversos autores e demonstraram também uma correlação satisfatória. As vantagens do equipamento SQA-V sobre as avaliações manuais, além de parâmetros antes não realizados (velocidade do espermatozóide, índice de motilidade, número de espermatozóides funcionais), prende-se às variáveis que vão, desde as qualidades técnicas dos operadores, até aos erros inerentes às diversas fases dos processos.

Gripe Suína

O que é a gripe suína?

A gripe suína é uma doença infecciosa respiratória aguda, causada pelo vírus Influenza, do tipo A. Esse vírus possui variantes que acometem não somente os suínos, mas as aves (gripe aviária) e mesmo os seres humanos, causando o conhecido "quadro de gripe". Os vírus que acometem os animais podem também ser transmitidos ao homem, causando quadro clínico semelhante. Habitualmente estes quadros são sem gravidade. Da mesma forma, o vírus que infecta humanos pode infectar os animais.

 

O que está ocorrendo no México e em outros países?

No México, em decorrência de um surto de gripe em suínos, algumas pessoas foram infectadas com o Influenza suíno e desenvolveram quadros respiratórios infecciosos. O que chama a atenção é que a doença tem se apresentado, em poucos casos, com sinais e sintomas mais severos que o habitual, levando algumas dessas pessoas ao óbito. Os pacientes acometidos são em sua maioria pessoas jovens, faixa etária que não costuma adquirir esse tipo de infecção. Preocupa ainda o fato de que pessoas que não tiveram contato com suínos infectados contraíram a doença, sugerindo, assim, a capacidade de transmissão de pessoa para pessoa, o que também não é frequente no caso de gripe suína.

 

Por que a preocupação dos órgãos de saúde?

Como trata-se de uma doença respiratória, altamente contagiosa, e com suspeita de transmissão de pessoa a pessoa, a disseminação dessa nova variante do Influenza pode assumir proporções graves para a população, não somente do México, mas em todo o mundo.

 

Por que a gripe suína está acometendo as pessoas dessa forma?

Existem algumas variantes pertencentes aos subtipos do vírus Influenza que possuem alterações genéticas, capazes de atribuir características diferentes da infecção habitual. Estas alterações podem acarretar mudanças no padrão de transmissão do vírus, na forma clínica de apresentação da doença e até mesmo na resposta ao tratamento.

 

Quais os sinais e sintomas dessa gripe em humanos?

O quadro clínico pode variar desde a ausência de sintomas até a quadros mais severos. Normalmente os sintomas tem sido de uma gripe mais forte, que se apresenta de maneira repentina, com febre alta (superior a 39ºC), dor de cabeça intensa, dores musculares e de articulações, tosse, irritação nos olhos e fluxo nasal. Para evitar o contágio, é recomendado usar máscara, não cumprimentar com a mão, nem com beijo, e evitar as aglomerações de pessoas.

 

É seguro comer porco e produtos de carne suína?

Sim, o vírus da gripe suína não resiste à cocção em temperaturas superiores a 70ºC, como se recomenda para a preparação de carne de porco e outras carnes para alimentação humana. Nestas condições, não há registro de transmissão da gripe suína por ingestão de alimentos.

 

Quais medidas já foram tomadas?

A Organização Mundial de Saúde em cooperação com o Centro de Controle de Doenças dos EUA e diversos outros órgãos internacionais emitiram um alerta geral a todos os países informando a necessidade de medidas preventivas para o controle de disseminação da doença. No mundo atual, com grandes centros urbanos e maior número de migrações entre países e continentes, uma doença contagiosa de fácil transmissão (respiratória) pode se disseminar rapidamente, assumindo grandes proporções, o que é chamado de Pandemia.

No Brasil, iniciou-se um Plano de Contingência e Controle da Doença, coordenado pelo Ministério da Saúde, sobretudo nos Portos e Aeroportos nacionais, com o objetivo de realizar uma vigilância da doença através da detecção precoce de possíveis casos. Essas ações serão intensificadas nos vôos provenientes do México, mas como há casos relatados também em outros países, a vigilância é praticamente geral.

Todas as Secretarias Estaduais de Saúde do Brasil também foram acionadas para intensificar o processo de monitoramento e detecção de casos suspeitos de doenças respiratórias agudas, a partir da Rede de Vigilância de Influenza e de Laboratórios.

 

Quais as Recomendações aos viajantes que se destinam às áreas afetadas no México e nos EUA?

  • Evitar locais com aglomeração de pessoas;
  • Evitar o contato direto com pessoas doentes;
  • Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
  • Evitar tocar olhos, nariz ou boca;
  • Cobrir o nariz e a boca com um lenço quando tossir ou espirrar;
  • Lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar;
  • Em caso de sintomas, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e viagens;
  • Não usar medicamentos sem orientação médica.

 

Quais as Recomendações aos viajantes que procedem das áreas afetadas no México e nos EUA?

Viajantes procedentes, nos últimos 10 dias, do México ou das áreas afetadas dos Estados Unidos e que apresentem os sinais e sintomas da gripe suína devem:

  • Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima;
  • Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.

 

Existe uma vacina para a gripe suína?

A Organização Mundial de Saúde está trabalhando neste sentido, mas ainda não se dispõe de uma vacina específica para este surto, pois é necessário que esta vacina contenha informações das variantes suínas do vírus Influenza, responsáveis pelas infecções atuais. As vacinas de Influenza disponíveis para a gripe em idosos e crianças provavelmente não conferirá proteção contra a gripe suína, não sendo indicadas portanto como medida de proteção ou prevenção.

 

Como o paciente deve ser tratado?

As informações ainda são insuficientes para fazer recomendações sobre a utilização dos antivirais na prevenção e tratamento da infecção pelo vírus da influenza suína. Os médicos devem tomar decisões baseadas na clínica e avaliação epidemiológica e nos danos e benefícios da profilaxia / tratamento do paciente. Para o atual surto de infecção por gripe suína nos Estados Unidos e México, as autoridades locais estão recomendando a utilização do oseltamivir e zanamivir.

 

Mantenha-se informado:

Organização Mundial de Saúde (em inglês)
http://www.who.int/csr/disease/swineflu/en/index.html

Centro de Controle de Doenças (em inglês)
http://www.cdc.gov/flu/swine/

Ministério da Saúde do Brasil
www.saude.gov.br

Ministério da Agricultura do Brasil
www.agricultura.gov.br

Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)
www.saude.gov.br/svs

Plano de Preparação para o Enfrentamento da Pandemia de Influenza
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=27999

Agência Nacional de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br/viajante

Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial é sabidamente uma doença que afeta não somente o coração, mas pode trazer conseqüências graves para os rins, olhos e outros órgãos. Essa doença sistêmica pode ser evitada com cuidados básicos e desenvolvimento de hábitos salutares. 

 

O que é pressão arterial?

Quando o coração bombeia o sangue para o corpo, exerce uma pressão nas artérias (canos condutores do sangue) que varia dependendo do momento de contração desse órgão. O momento em que o coração está contraído para expulsar o sangue é chamado de sístole e a pressão nesse momento recebe o nome de sistólica ou pressão máxima. No momento de relaxamento do coração a pressão é chamada de mínima ou diastólica, pois o nome médico desse período é diástole. 

 

O que é hipertensão arterial?

A hipertensão arterial ocorre quando os níveis de pressão arterial estão acima de valores de referência para a população geral. Apesar do valor normal de pressão arterial ser de 120x80 mmHg, considera-se alteração de pressão apenas quando os valores forem superiores a 140x90 mmHg. Qualquer indivíduo pode apresentar, esporadicamente, níveis de pressão arterial maiores que 140x90 mmH, sem que seja considerado hipertenso. Somente a manutenção de níveis permanentemente altos em múltiplas medições, em diferentes horários, em várias posições e condições (repouso, sentado ou deitado) caracteriza a hipertensão arterial. A medida da pressão arterial deve ser realizada apenas com aparelhos confiáveis.

 

Como saber se a pressão arterial está aumentada permanentemente?

O diagnóstico do aumento permanente da pressão arterial pode ser obtido pela medida da pressão em várias condições ao longo do dia. Nem sempre é possível que todas essas avaliações sejam feitas por profissionais habilitados e em equipamentos confiáveis. Dessa maneira, o seu médico pode solicitar que você realize um exame chamado de Monitoração Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA). Esse teste consiste na adaptação de um aparelho de medição de pressão a um monitor que registra todas as medidas realizadas em períodos determinados. Depois de colocado no paciente o sistema realiza várias medidas da pressão arterial ao longo de 24 horas. O exame fornece um relatório com todas as medidas de pressão, possibilitando o diagnóstico correto da permanência de elevação da pressão arterial.

 

A hipertensão arterial é uma doença freqüente?

Sim. A hipertensão arterial é uma das doenças mais freqüentes em todas as partes do mundo. Um em cada cinco brasileiros é portador de hipertensão arterial. A doença tem uma tendência a aumentar de freqüência em pessoas com idades mais avançadas.

 

Quais os sintomas da hipertensão arterial?

Na maioria dos casos nenhum sintoma é observado. Quando ocorrem, são sintomas vagos e comuns a outras doenças, como: dor de cabeça, tonteira, cansaço, enjôos, falta de ar e sangramentos nasais.

 

O que causa a hipertensão arterial?

Em 95% dos casos a causa da doença é desconhecida. Nesses indivíduos ocorre aumento da rigidez das paredes arteriais, fato favorecido pela herança genética em 70% dos casos. Logo, se seus pais ou parentes próximos são hipertensos, você tem probabilidade de desenvolver a doença.

 

Existe forma de prevenir o aparecimento da hipertensão arterial?

Sim. Evitando os fatores de risco para essa doença, como: fumo, excesso de peso, consumo abusivo de sal, falta de exercícios e sedentarismo, uso de pílulas anticoncepcionais acima de 35 anos e abuso de álcool.

 

Quais as complicações mais freqüentes?

As complicações mais freqüentes estão relacionadas à deficiência de circulação sanguínea nos órgãos mais importantes do nosso corpo e incluem: no coração – infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, miocardiopatia; no cérebro – derrame cerebral; nos rins – insuficiência renal; nos olhos – diminuição da visão e problemas na retina.

 

Existe cura para a hipertensão arterial?

Não. Porém, existe possibilidade de um controle bastante eficaz. O diagnóstico de hipertensão deve significar uma reformulação de hábitos, que favorecerá o funcionamento de todo o seu organismo. Cuide-se e mude desde já:

  • Faça uma alimentação saudável, com pouco sal ou gordura
  • Pratique exercícios físicos
  • Pare de fumar
  • Evite o álcool
  • Evite o stress
  • Mantenha-se dentro do peso ideal
  • Controle periodicamente sua pressão arterial
  • Mantenha seu colesterol sob controle

Esses cuidados irão garantir a você uma vida mais saudável, evitando que a hipertensão arterial limite a sua qualidade de vida!

Obesidade

Atualmente a obesidade é considerada uma epidemia mundial e mais da metade dos adultos tem peso além do considerado normal. E entre crianças e adolescentes, 13% têm sobrepeso ou obesidade. A obesidade é resultante de vários fatores, sendo os principais a interação entre o componente genético e o meio ambiente. É sabido que a alimentação rica em gordura, associada a um estilo de vida sedentário, está ligada ao aumento da prevalência da obesidade em várias populações. O tratamento adequado implica em uma alteração do estilo de vida e dos hábitos alimentares. Em casos selecionados pelo médico assistente, medicamentos podem ser associados. 

 

O que é obesidade?

É uma doença caracterizada por aumento da gordura corporal, que pode levar a várias outras doenças e até à morte mais precoce.

 

Como caracterizar se uma pessoa é obesa?

O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma medida simples do grau de obesidade. Consiste na divisão do peso (em quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros). Por exemplo: em uma pessoa com 90kg e 1,70m o IMC será: 90/1,70 x 1,70 = 32,1. Pessoas com IMC entre 20 e 24,9 têm peso normal; entre 25 e 29,9 têm sobrepeso e com 30 ou mais são obesas.

 

Que outros fatores são importantes na pessoa obesa?

Além do IMC, a distribuição da gordura corporal também é importante. A obesidade mais grave é a do tipo visceral, isto é, relacionada com o acúmulo de gordura na região do abdômen. Esta é a mais freqüentemente associada às alterações cardiovasculares.

 

Quais são as principais doenças associadas à obesidade?

  • Hipertensão arterial
  • Diabetes mellitus
  • Alterações das gorduras no sangue (dislipidemias)
  • Doença coronariana (que predispõe ao infarto)
  • Doenças reumatológicas e ortopédicas

 

Por que uma pessoa se torna obesa?

A obesidade ocorre quando não há um balanço entre o que é ingerido nas refeições e o que o organismo gasta nas suas atividades. Quando um indivíduo ingere alimentos, estes servem para produzir a energia necessária para o funcionamento do corpo. Se sobra energia, ou porque a ingestão foi grande ou porque a atividade foi insuficiente para usar a energia produzida, esta é transformada em gordura. O acúmulo de energia armazenada sob a forma de gordura leva à obesidade.

 

Existem fatores predisponentes para a obesidade?

Vários são os fatores que influem para que se instale a obesidade, e o fator genético é um dos mais importantes. Pessoas de famílias com obesidade têm maior tendência a serem também obesas. Com menos freqüência, outras doenças, como as endócrinas, podem estar associadas à obesidade. O médico é a pessoa indicada para fazer o diagnóstico diferencial se um indivíduo apresenta a obesidade primária ou se esta é associada a uma outra doença. 

 

Como prevenir a obesidade?

Alimentar-se corretamente e evitar o sedentarismo são as principais armas para se evitar o aumento progressivo de peso que pode chegar à obesidade.

 

Qual o tratamento ideal para a obesidade?

O tratamento da obesidade somente deverá ser realizado sob orientação médica. Após o diagnóstico diferencial, este poderá estabelecer um programa de reeducação alimentar, com a adequação tanto da quantidade como da qualidade dos alimentos ingeridos. Associada à alimentação adequada, a prática de exercícios físicos, também sob indicação e supervisão médica, visa aumentar a massa muscular e o gasto de calorias, favorecendo o emagrecimento. O tratamento com medicações, tanto as que auxiliam na diminuição da ingestão de calorias, como as que diminuem a absorção das gorduras no intestino, poderá ser prescrito pelo médico assistente em casos selecionados.

Osteoporose

A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da densidade óssea, na qual os ossos se tornam suscetíveis a fraturas. Através da densitometria óssea é possível avaliar a perda de massa óssea. Esse exame é realizado conforme a indicação do médico assistente, especialmente em mulheres após a menopausa ou nos pacientes que apresentem outros fatores de risco para osteoporose. Antes que a doença se instale, medidas preventivas, como dietas ricas em cálcio, exposição ao sol, que atua na formação de vitamina D, e atividades físicas que aumentem o tônus muscular são importantes.

 

O que é osteoporose?

É uma doença do osso caracterizada pela diminuição da densidade óssea, ou seja, o osso torna-se mais fino e poroso. Essa alteração enfraquece o osso, tornando-o mais suscetível a fraturas após algum trauma ou espontaneamente.

 

Quais são as principais causas?

Muitas causas podem estar envolvidas, incluindo fatores genéticos e ambientais. Entre os fatores de risco para osteoporose podemos citar: história familiar de osteoporose; pessoas de raça branca, baixas e magras; mulheres após a menopausa, sem reposição hormonal; idade avançada, em ambos os sexos; uso de determinadas medicações (cortisona, heparina, medicações para epilepsia); doenças que levem à imobilização ou ao repouso prolongado; alimentação deficiente em cálcio e vitamina D; alcoolismo, tabagismo; uso excessivo de café e doenças de evolução prolongada que afetem a calcificação do osso, como algumas doenças reumatológicas, endócrinas, genéticas e hepáticas.

 

Quais são os principais sintomas?

A osteoporose é um “ladrão silencioso” que, de maneira lenta e progressiva, rouba as reservas guardadas durante décadas até que o osso fique tão fraco que não suporta o esforço mecânico, ocorrendo a fratura. As conseqüências mais comuns são a fratura por compressão das vértebras (achatamento da coluna levando a uma diminuição de estatura), fraturas de quadril, punho e costelas, entre outros locais. Pode ocorrer dor, dependendo do local acometido.

 

Como diagnosticar a osteoporose?

A densitometria óssea é um exame que fornece a medida quantitativa da perda de massa óssea. O exame não é invasivo ou doloroso. A maior parte das avaliações mede a densidade do osso em pelo menos dois locais: coluna lombar e fêmur. A comparação dos resultados obtidos pelo paciente, com valores de referência para uma população semelhante (em idade e sexo) possibilita verificar o quanto existe de comprometimento do osso. O teste deve ser realizado em todas as mulheres após a menopausa ou com queixas sugestivas de Osteoporose.

 

Como prevenir?

É mais eficaz prevenir a osteoporose do que tratá-la. As medidas de prevenção incluem uma alimentação rica em cálcio como leite e laticínios, vegetais de folhas verdes, carnes e peixes; tomar sol, necessário para a formação de vitamina D no organismo; atividade física com peso (além de seus efeitos diretos sobre o osso, o exercício aumenta o tônus e a massa muscular, melhorando o equilíbrio e prevenindo as quedas); e a diminuição dos fatores que predispõem à osteoporose, relacionados anteriormente.

 

A osteoporose tem tratamento?

Sim. Uma vez que o médico diagnostique que há osteoporose e qual a causa da mesma, poderá determinar quais as medidas necessárias ao tratamento que podem ir desde a prática de exercícios e alimentação rica em cálcio, até o uso de medicações específicas.

Tabagismo

O tabagismo é responsável por diversos transtornos no organismo decorrentes da ação de substâncias como a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão presentes na fumaça do cigarro. Além de provocar efeitos diretos, como aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, enfisema pulmonar, entre outros, o tabagismo pode causar dependência psíquica pela sua atuação no Sistema Nervoso Central. Cerca de 80 a 90% dos casos de câncer de pulmão e doenças pulmonares obstrutivas crônicas estão associados ao tabagismo. Outras doenças como doenças coronárias, cérebro-vasculares e úlceras gástricas também estão relacionadas ao uso de cigarros. Os riscos no desenvolvimento de doenças decorrentes do uso de cigarros se reduzem com a interrupção do uso do mesmo, embora esse efeito não seja imediato.

 

O que é o tabagismo?

Tabagismo é doença, conceituada pelo Código Internacional de Doenças, como sendo um grupo de transtornos mentais e de comportamento, decorrentes do uso de substâncias psicoativas (drogas de atuação sobre o Sistema Nervoso Central).

 

Quais as substâncias presentes na fumaça do cigarro?

São aproximadamente 5 mil elementos diferentes contidos na fumaça do cigarro, dentre eles a nicotina que ocasiona aumento da freqüência cardíaca, aumento da pressão arterial, favorece a aterosclerose, a formação de úlceras gástricas, diarréia e enfisema pulmonar. Além dessas circunstâncias, a dependência psíquica é importante. Essa droga age sobre o SNC como a cocaína, chegando a estimulá-lo em 2 a 4 segundos. O monóxido de carbono tem facilidade de se ligar à hemoglobina, que é parte integrante das hemácias, e responsável por levar o oxigênio aos tecidos. Logo, sua existência dificulta que os tecidos recebam condições favoráveis para sua sobrevivência. O alcatrão é composto por aproximadamente 40 substâncias causadoras de câncer (carcinogênicas).

 

Cigarros de baixo teor são melhores?

O artifício de diminuir os teores de nicotina leva o fumante à necessidade de tragadas mais profundas e ao aumento do número de cigarros ao dia. O que faz da tentativa de redução um fracasso efetivo.

 

Quais as principais doenças associadas ao fumo?

  • Câncer: o fumo é responsável por 30% das mortes por câncer, e por 90% dos casos de câncer de pulmão.
  • Doenças coronarianas: 25% dos casos de angina e infarto decorrem do fumo.
  • Doenças cérebro-vasculares: 25% dos casos de derrames cerebrais associam-se ao fumo.
  • Doenças pulmonares obstrutivas crônicas: 85% relacionam-se ao uso do cigarro. Outras doenças, como aneurismas arteriais, úlceras digestivas e infecções respiratórias estão também ligadas ao tabagismo.

 

O fumo atua na reprodução?

De forma bastante acentuada. Inicialmente a taxa de fertilidade é menor nas mulheres fumantes. No caso da gravidez ocorrer há possibilidade de parto prematuro, abortamento e menor crescimento do feto. O uso de 1 a 4 cigarros/dia já é suficiente para que essas circunstâncias ocorram.

Teste de Paternidade

O que é DNA?

O DNA ou ADN é a sigla para Ácido Desoxirribonucleico. Ele está presente em todas as células nucleadas de um organismo e é responsável por todo o controle de crescimento e desenvolvimento do mesmo.

 

O que é o teste de paternidade por DNA?

O teste de paternidade por DNA é, atualmente, o meio mais preciso para o esclarecimento de paternidades ou maternidades duvidosas. A extrema precisão do método se baseia no fato de que o código genético (DNA) de cada indivíduo é único, não existindo outra pessoa com código idêntico (exceto no caso de gêmeos univitelinos).

No teste realizado no Laboratório Alvaro são analisadas quinze regiões hipervariáveis do DNA de cada indivíduo, utilizando a tecnologia de PCR-STR e sequenciador automático de DNA (Tecnologia idêntica a disponível nos grandes centros de pesquisa e investigação como o FBI-Federal Bureau of Investigation). Posteriormente os dados são confrontados para verificação da existência ou não do vínculo genético de filiação, no caso da inclusão da paternidade ou maternidade, os dados são calculados estatísticamente com base nas freqüências de alelos obtidas experimentalmente da população.

 

Há uma idade mínima para a realização do teste de DNA?

Não. O exame pode ser realizado em indivíduos de qualquer idade, até mesmo em recém-nascidos.

 

Qual material biológico deve ser coletado para a realização do exame?

O material utilizado para análise é o sangue periférico com EDTA (anticoagulante).

 

O exame pode ser realizado quando um dos envolvidos está doente ou sob tratamento médico?

Sim. A análise de DNA no exame de paternidade não é afetada por medicamentos ou doenças.

 

Há necessidade de jejum para a coleta das amostras?

Não. A ingestão de alimentos não interfere na análise do material biológico.

 

O exame pode ser realizado sem a participação da mãe?

Sim. Para isso é necessário que a criança esteja registrada no nome do suposto pai, caso contrário há a necessidade de uma autorização para coleta do exame assinada pela mãe ou pelo responsável legal da criança.

 

É possível realizar o exame após a morte do suposto pai?

Sim. Neste caso, normalmente, o exame é realizado utilizando parentes biológicos próximos (irmãos, filhos ou pais do suposto pai falecido).

 

A coleta pode ser realizada em qualquer local do Brasil?

Sim. A coleta pode ser realizada na matriz do Laboratório Alvaro (Cascavel - PR), na filial (Foz do Iguaçu) ou em qualquer um dos mais de 1000 laboratórios conveniados em todo o Brasil.

Qual o procedimento correto para realizar o teste?

Basta ligar para o Laboratório Alvaro ou para um dos laboratórios conveniados e marcar data e horário para a coleta. No momento da coleta devem comparecer todos os envolvidos, juntos, portando documentos pessoais (carteira de identidade, certidão de nascimento ou declaração de maternidade).

 

Como é feita a identificação das pessoas a serem testadas?

No momento da coleta todos os examinados deverão apresentar seus documentos pessoais, assinar e colocar suas impressões digitais na ficha de autorização para a coleta. Se a coleta for realizada na matriz do Laboratório Alvaro, em Cascavel, é realizada, juntamente, uma identificação visual através de fotografia digital.

 

Qual a confiabilidade do exame?

O exame de DNA possui uma precisão mínima de 99,99% nos casos de inclusão de paternidade e de 100% nos casos de exclusão de paternidade.

 

O exame é confidencial?

Sim. O resultado do exame somente é fornecido a quem o contratou ou às pessoas autorizadas pelo contratante. No caso de exames judiciais o resultado é encaminhado diretamente ao juiz.

 

Qual é o prazo de entrega do resultado?

O resultado é fornecido em 10 dias úteis após a entrada das amostras no laboratório.

*Exames 48 horas (consultar preço).

Teste do Pezinho

O que é o Teste do Pezinho?

O Teste do pezinho detecta precocemente mais de trinta doenças que podem interferir no desenvolvimento normal do bebê. Fazendo o teste, você poderá tomar todas as medidas necessárias antes que qualquer destas doenças se manifeste em seu filho.

 

Quando fazer o Teste do Pezinho?

O teste deve ser feito logo após o nascimento (2 ou 3 dias), pois o recém-nato pode não apresentar os sintomas de algumas destas doenças nos primeiros meses de vida. Porém, com um diagnóstico precoce, é possível tratá-las a tempo de não interferir no desenvolvimento físico e mental do bebê.

 

Instruções para Coleta

  1. Faça assepsia do calcanhar do bebê com álcool;
  2. Aqueça o pezinho delicadamente com uma massagem para ativar a circulação sanguínea;
  3. Puncione o calcanhar com a lanceta na área externa à pontilhada;
  4. Rejeite a primeira gota e permita a formação de uma grande gota de sangue para facilitar a coleta. Encoste a gota de sangue no centro do círculo do papel filtro (para que fique totalmente preenchido);
  5. Após a coleta, levante o pezinho do bebê acima do nível do coração e pressione a área puncionada com algodão limpo.

 

Envio de amostras por outros laboratórios

A amostra deverá secar à temperatura ambiente (sem utilização de estufa) durante duas horas, em superfície plana. Após este tempo a amostra pode ser acondicionada e enviada para o laboratório.

Atenção:
O Teste do Pezinho detecta muitas doenças em estágio inicial, por isso é importante que seja realizado já nos primeiros dias de vida do bebê. Mas, mesmo que todos os testes sejam negativos para as doenças pesquisadas, isso não substitui o acompanhamento periódico de um médico pediatra.

 

Principais doenças que o teste detecta?

FENILCETONÚRIA (PKU)

Doença genética que decorre da deficiência ou ausência da enzima que atua sobre a fenilanina, causando o acúmulo deste aminoácido no sangue das pessoas afetadas. A doença, se não diagnosticada de imediato, pode acarretar grave retardamento mental nos indivíduos portadores.

 

AMINOÁCIDOPATIAS

Doença na qual o organismo não consegue digerir um aminoácido específico. O tratamento consiste em dietas específicas para cada tipo de aminoácido.

 

HIPOTIROIDISMO CONGÊNITO (HC)

Doença causada pela produção deficiente dos hormônios da tireóide. Neste caso podem ocorrer deficiências físicas e mentais em graus variados.

 

HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA

Produção de hormônios em grandes quantidades pela hipófise, resultando na estimulação demasiada da glândula adrenal. Os androgênios secretados durante o desenvolvimento do feto feminino podem causar a masculinização da genitália externa; no feto masculino os órgãos sexuais apresentam-se normais, mas a precocidade sexual torna-se aparente alguns meses depois. Nos indivíduos afetados há crescimento acelerado e maturação óssea precoce, de modo que a estatura baixa é o resultado típico final.

 

FIBROSE CÍSTICA

Doença genética que causa problemas de absorção nos recém-nascidos e nas crianças. A doença é responsável por anormalidades na secreção de muco, disfunção pancreática, problemas hepáticos, anormalidade da genitália masculina e insuficiência respiratória, dentre outras disfunções.

 

GALACTOSEMIA

Doença hereditária causada por uma deficiência no metabolismo da galactose (açúcar presente no leite e seus derivados). Os indivíduos portadores da doença possuem níveis elevados de galactose no sangue, o que pode acarretar problemas como: vômitos, diarréia, dilatação do fígado, icterícia e em alguns casos retardamento mental.

 

DEFICIÊNCIA

Incapacidade do organismo de reter a vitamina biotina dos alimentos. Esta vitamina é muito importante para a atividade de várias enzimas, e a deficiência desta pode causar convulsões, ataxia, hipotonia, dermatite e atraso no desenvolvimento.

 

TOXOPLASMOSE CONGÊNITA

Nos indivíduos imunologicamente imaturos (como o recém-nascido) o Toxoplasma gondii (protozoário) pode atacar vários órgãos e tecidos, causando as formas graves de toxoplasmose e originando problemas meningoencefálicos, hepáticos, renais e oculares.

 

HEMOGLOBINOPATIAS

Doenças genéticas decorrentes de anormalidades na estrutura ou na produção da hemoglobina (molécula presente nos glóbulos vermelhos e responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos). As doenças mais frequentes relacionadas a estes distúrbios são: anemia já na infância, atraso de crescimento, esplenomegalia e infecção de repetição.